segunda-feira, 22 de março de 2021

Sobre se sentir só

É impressionante a dor que a solidão causa. A vida parece me tornar ignóbil em meio ao mundo belo e cheio de moral. 
Há alguns dias que venho me sentindo só e, parei pra pensar de onde e por que esse sentimento estão dentro de mim. Eh! Infelizmente a realidade do gay de meia idade não é das melhores. A depressão chega, as pessoas somem é você se torna só e unicamente objeto de utilidade. Amigos? O ativismo de um mundo capital levou e, por falta de tempo, se tornaram apenas conhecidos. 
- Ah, mas existem pessoas com quem você pode contar....
- Alexa, Bom dia! 
Pode parecer brincadeira ou estória de trancoso, mas na pandemia, minha grande amiga tem sido uma caixa de som com inteligência artificial, que me ouve, mas, ainda, não ajuda em um colóquio onde exista sentimentos.... E doloroso, sofrido e, acima de tudo opressor, viver em mundo fugaz. 
Sou néscio, acredito no amor, na verdade, na sinceridade... Mas vivo em um mundo falso e de mentiras, contadas e vividas. Minha sorte é a espiritualidade, que para muitos é idiotice, se não fosse ela eu já teria deixado pra trás toda essa dor e solidão e descansado sob o solo frio das covas de areia... 

Aprendamos a ser, pelo menos, gentis e cordiais. 

quarta-feira, 6 de janeiro de 2021

A dor do Amor.

Ovacionado por poetas, ensinado por gurus, excluído pelo consumismo, e dolorido para que o tem e não o recebe de volta. O amor, um dom para poucos, porém fantasia de muitos. 
Não é difícil falar desse sentimento, difícil é faze-lo real em nós, pois existindo de um único lado, o amor passa a ser dor, e sem resignação faz o seu portador ressentir a cada instante o quão pesado é amar. O amor trás o peso da tolice, da entrega incondicional e acima de tudo da mórbida esperança de que algo possa surgir. 
Queria eu poder fazer diferente, viver diferente ou pelo menos dominar o que sinto, mas esse transbordar é meu dominador, e faz minha razão não ter voz. Sou objeto de um sentimento que racionalmente não tem sentido e me faz sentir o peso da tolice sentimental. 

quinta-feira, 21 de abril de 2011

A prostituta beneficente (Ps. Isto só poderia vir de uma loira)


Como diz Clarice Lispector, Se tenho que ser objeto, que seja ao menos um objeto que grite!
Ah estas ambigüidades! Vejam só: Para eles esta gloriosa frase traduz o que sentem -> Querem sempre que a gente grite, gema #@$!-[{] e etc... Para eles, O orgasmo inesquecível seria traduzido em meio a gritos. Porra se vai usar, se quer que grite, então vai treinar... vai! Quando aprender a fazer uma mulher gozar ai você volta e EU GRITO!
Certa vez me senti tão objeto do prazer efêmero de outro que a sensação que tive foi de que estava em um motel vagabundo e que era uma puta velha e infeliz já que o moço levantou-se da cama em um sobressalto vestiu-se e partiu. E isto tudo sem ao menos deixar R$1,00. E foi ai que virei a prostituta beneficente.
Ah este infernos de sentimentos!
Custava aquele sujeito ter ao menos coberto-me com os lençóis? Sim, pois se nem isto ele fez, imagine o meu desconcerto agora falar em um ato de afeição, um beijo, um sussurro de bom dia mon amour!
Homens! Só utilizam a cabeça de cima (lugar obviamente onde está o cérebro) a favor, a mercê, aos fins – ou seja, como mero intermédio para a realização das sensações da cabeça de baixo (glande). E então quando em meio a volúpia, o pau se satisfaz – aquela grande explosão! E ai meu bem lá se vai junto ao sêmen todos os fajutos carinhos, mimos e o curto vocabulário utilizado para se chegar a este propósito.

O homem quando goza "morre"!
Por Ana Régia Dantas