quinta-feira, 21 de abril de 2011

A prostituta beneficente (Ps. Isto só poderia vir de uma loira)


Como diz Clarice Lispector, Se tenho que ser objeto, que seja ao menos um objeto que grite!
Ah estas ambigüidades! Vejam só: Para eles esta gloriosa frase traduz o que sentem -> Querem sempre que a gente grite, gema #@$!-[{] e etc... Para eles, O orgasmo inesquecível seria traduzido em meio a gritos. Porra se vai usar, se quer que grite, então vai treinar... vai! Quando aprender a fazer uma mulher gozar ai você volta e EU GRITO!
Certa vez me senti tão objeto do prazer efêmero de outro que a sensação que tive foi de que estava em um motel vagabundo e que era uma puta velha e infeliz já que o moço levantou-se da cama em um sobressalto vestiu-se e partiu. E isto tudo sem ao menos deixar R$1,00. E foi ai que virei a prostituta beneficente.
Ah este infernos de sentimentos!
Custava aquele sujeito ter ao menos coberto-me com os lençóis? Sim, pois se nem isto ele fez, imagine o meu desconcerto agora falar em um ato de afeição, um beijo, um sussurro de bom dia mon amour!
Homens! Só utilizam a cabeça de cima (lugar obviamente onde está o cérebro) a favor, a mercê, aos fins – ou seja, como mero intermédio para a realização das sensações da cabeça de baixo (glande). E então quando em meio a volúpia, o pau se satisfaz – aquela grande explosão! E ai meu bem lá se vai junto ao sêmen todos os fajutos carinhos, mimos e o curto vocabulário utilizado para se chegar a este propósito.

O homem quando goza "morre"!
Por Ana Régia Dantas